AUTO ANÁLISE
Me mandaram um e-mail. O nome é auto análise. Desses html, onde vem perguntas e tu responde com letras. Provavelmente trazido de alguma antiga civilização bárbara que costumava fazer levantes em cidades grandes após dedicar cerimônias homéricas a seus deuses. E uma delas deveria ser a adivinhação. Claro que esse conceito, que deveria ser apenas uma arma guerreira, acabou sendo transformado em remédio para solteironas, resposta para os deprimidos e esperança para os jogadores. E perduraram até os meios eletrônicos, sobrevivendo a tudo e todos e entrando na minha caixa postal.
Existe algo de muito difícil para mim nesses e-mails. Além de tratar semrpe das mesmas coisas, sempre dão as mesmas respostas. Nesse caso, a primeira pergunta era qual meu animal favorito. Por que nunca escolhem o tamanduá bandeira, o urubú rei ou o dingo australiano? Opções ortodoxas apareceram na tela, como gato, pássaro e cahorro. Entre eles, gosto dos canídeos. Os felinos são muito dominadores. E pássaros são muito cagões (em todos os sentidos). Os canídeos são divertidos e procuram sempre alegrar a gente de alguma forma. Mas tem que ser um de grande porte, os pintchers, por exemplo, são muito barulhentos e espoletas. Um saco.
Como todo o bom teste, foi me perguntado a cor predileta. O que me fez lembrar Monthy Phyton and The Holly Cup, onde um dos cavaleiros da távola esqueceu qual era sua cor preferida e foi arremessado ao abismo. As cores escolhidas são rosa, branco e preto. Não que eu tenha algum preconceito, mas rosa não combina com as minhas saias. Branco suja muito. Sobrou o preto. E eu que nem sou panque nem nada.
Depois nomes de pessoas, mesmo sexo e sexo oposto. Pressenti no momento o que queriam. O nome da pessoa do mesmo sexo ia ser o meu melhor amigo, o do sexo oposto, meu grande amor. O primeiro sempre varia de teste para teste. Eu não consigo escolher quem vai ser meu melhor amigo. Coloquei alguém importante hoje e segui. Mas acho preconceito, minha melhor amiga é mulher (aplausos!). E eu poderia ser apaixonado por um homem, quem sabe? Mas como se trata de uma tradição celta, provavelmente, coloquei o nome padrão do campo feminino e segui.
Parti para o chavão da seqüência: montanha ou praia. Eu queria uma casa na montanha, na beira da praia. Como em Santa Catarina. Mas só que a praia tinha que proporcionar um lindo por do sol, como as praias pacíficas. As atlânticas apresentam apenas seus amanheceres que eternamente gritarão para mim "vai dormir, vagabundo, sai da noite!". Resposta para essa, alternativa M, de montanhas. E na próxima, que pergunta amanhecer ou anoitecer, fico com o anoitecer, pelos motivos citados acima.
Ainda perguntam se eu prefiro rosas, samambaias ou plantas artificiais. Eu prefiro rosas. São muito belas, em suas roseiras, molhadas de sereno. E, de quebra, vem ainda uma questão sobre estações do ano. Eu sou maníaco por inverno, meu nariz cheio de coriza, muitos edredons e aquele frio desgraçado que aumenta a gravidade em torno da cama. Sou masoquista, nas horas vagas. Só para citar.
Para finalizar, um número. É óbvio que eu tenho que fazer o favor para meus netos de não deixar essa corrente morrer. Assim, o deus gaulês para quem essa corrente foi dedicada pede para que distribua, como uma troca de favores, camaradagem. Ou faz, ou fica sem teus pedidos, que é o que se pergunta a seguir. Nunca peço nada, para não ter maneira de decepcionar a divindade. Mas fazer o quê, nunca me ocorre nada mesmo.
Bom, minha auto análise disse tudo que eu já sabia. Então, renomeei como "Consultoria Sentimental" e encaminhei para meus amigos.
Me mandaram um e-mail. O nome é auto análise. Desses html, onde vem perguntas e tu responde com letras. Provavelmente trazido de alguma antiga civilização bárbara que costumava fazer levantes em cidades grandes após dedicar cerimônias homéricas a seus deuses. E uma delas deveria ser a adivinhação. Claro que esse conceito, que deveria ser apenas uma arma guerreira, acabou sendo transformado em remédio para solteironas, resposta para os deprimidos e esperança para os jogadores. E perduraram até os meios eletrônicos, sobrevivendo a tudo e todos e entrando na minha caixa postal.
Existe algo de muito difícil para mim nesses e-mails. Além de tratar semrpe das mesmas coisas, sempre dão as mesmas respostas. Nesse caso, a primeira pergunta era qual meu animal favorito. Por que nunca escolhem o tamanduá bandeira, o urubú rei ou o dingo australiano? Opções ortodoxas apareceram na tela, como gato, pássaro e cahorro. Entre eles, gosto dos canídeos. Os felinos são muito dominadores. E pássaros são muito cagões (em todos os sentidos). Os canídeos são divertidos e procuram sempre alegrar a gente de alguma forma. Mas tem que ser um de grande porte, os pintchers, por exemplo, são muito barulhentos e espoletas. Um saco.
Como todo o bom teste, foi me perguntado a cor predileta. O que me fez lembrar Monthy Phyton and The Holly Cup, onde um dos cavaleiros da távola esqueceu qual era sua cor preferida e foi arremessado ao abismo. As cores escolhidas são rosa, branco e preto. Não que eu tenha algum preconceito, mas rosa não combina com as minhas saias. Branco suja muito. Sobrou o preto. E eu que nem sou panque nem nada.
Depois nomes de pessoas, mesmo sexo e sexo oposto. Pressenti no momento o que queriam. O nome da pessoa do mesmo sexo ia ser o meu melhor amigo, o do sexo oposto, meu grande amor. O primeiro sempre varia de teste para teste. Eu não consigo escolher quem vai ser meu melhor amigo. Coloquei alguém importante hoje e segui. Mas acho preconceito, minha melhor amiga é mulher (aplausos!). E eu poderia ser apaixonado por um homem, quem sabe? Mas como se trata de uma tradição celta, provavelmente, coloquei o nome padrão do campo feminino e segui.
Parti para o chavão da seqüência: montanha ou praia. Eu queria uma casa na montanha, na beira da praia. Como em Santa Catarina. Mas só que a praia tinha que proporcionar um lindo por do sol, como as praias pacíficas. As atlânticas apresentam apenas seus amanheceres que eternamente gritarão para mim "vai dormir, vagabundo, sai da noite!". Resposta para essa, alternativa M, de montanhas. E na próxima, que pergunta amanhecer ou anoitecer, fico com o anoitecer, pelos motivos citados acima.
Ainda perguntam se eu prefiro rosas, samambaias ou plantas artificiais. Eu prefiro rosas. São muito belas, em suas roseiras, molhadas de sereno. E, de quebra, vem ainda uma questão sobre estações do ano. Eu sou maníaco por inverno, meu nariz cheio de coriza, muitos edredons e aquele frio desgraçado que aumenta a gravidade em torno da cama. Sou masoquista, nas horas vagas. Só para citar.
Para finalizar, um número. É óbvio que eu tenho que fazer o favor para meus netos de não deixar essa corrente morrer. Assim, o deus gaulês para quem essa corrente foi dedicada pede para que distribua, como uma troca de favores, camaradagem. Ou faz, ou fica sem teus pedidos, que é o que se pergunta a seguir. Nunca peço nada, para não ter maneira de decepcionar a divindade. Mas fazer o quê, nunca me ocorre nada mesmo.
Bom, minha auto análise disse tudo que eu já sabia. Então, renomeei como "Consultoria Sentimental" e encaminhei para meus amigos.